segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Académica - Rio Ave, 1-0


A Académica voltou a festejar um triunfo em casa mais de seis meses depois da última vitória, diante do Marítimo, a 3 de Fevereiro. Daí para cá, os estudantes conseguiram seis empates em outros tantos jogos no Cidade de Coimbra. Foi a tarde perfeita. Não só quebraram o enguiço, como o conseguiram graças a um golo do tão desejado Garcés, que esteve semanas para poder jogar pela Académica e conseguiu-o com uma estreia de luxo: um belo golo, candidato ao melhor da jornada.

Domingos começou por surpreender na constituição da equipa. Manteve o esquema táctico (4x1x3x2) como assegurara durante a semana, mas apostou mais cedo do que o esperado em Garcés por troca - e ai residiu o inesperado - com o pendular Pavlovic. A equipa perdeu rigor no meio-campo, mas ganhou bastante em termos ofensivos. A tendência de Lito para subir no terreno alargou não raras vezes a frente de ataque a três elementos, até mesmo a quarto, já que Cléber, do outro lado, também tinha instruções para avançar.

O maior pendor atacante dos donos da casa traduziu-se no golo do panamiano, por sinal num grande gesto técnico do avançado conhecido por El Pistolero. São momentos como este - um tiro de primeira, da meia-lua, mesmo ao ângulo superior direito da baliza de Paiva - que levam as pessoas aos estádios, num domingo de sol ¿ em Agosto. O golo parece ter espevitado a equipa de Domingos Paciência que, perante a ténue resposta vila-condense, procurou chegar ao segundo sem sucesso.

O Rio Ave tentou chegar ao empate, mas o único perigo que conseguiu criar surgiu, essencialmente, de erros cometidos pela defesa estudantil e, em abono da verdade, Peskovic nem teve de fazer muito para manter a sua baliza inviolável.

Não seria de esperar outra coisa na segunda parte senão a insistência dos forasteiros na procura da igualdade. E assim foi. João Eusébio correu riscos, ao retirar André Vilas Boas para apostar em Chidi, e os vila-condenses ficaram, efectivamente, mais perto do golo. Aliás, o avançado nigeriano ainda a estas horas deve estar a perguntar-se como pôde falhar na cara de Peskovic.

A Académica, essa, alternava a paciência na defesa com uns fogachos de contra-ataque e até podia ter acabado com a partida, pouco depois do tal falhanço de Chidi, mas Tiero, talvez deslumbrado pela posição privilegiada, cabeceou directamente para as mãos de Paiva, quando tinha tudo para marcar.

Os nervos ficaram à flor da pele quando Peskovic, num erro infantil, resolveu segurar uma bola atrasada por Orlando. Gerou-se confusão da grande, com vários amarelos a voar até que o livre indirecto fosse marcado, e o eslovaco acabou por redimir-se, ao afastar o perigo com uma defesa a punho.

Estava lançado o mote para uns últimos dez minutos de grande ansiedade para a nossa Briosa, que fez tudo para defender a vantagem e quebrar o ritmo do Rio Ave. Pelo meio, um grande susto, num livre de Delson... Ufa, já cá canta!