sábado, 1 de março de 2008

Leixões - Académica, 2 - 2. Árbitro influencia resultado


Novo empate para o Leixões, o 12º na competição para o rei das igualdades, conseguidos nos instantes finais através de uma grande penalidade duvidosa. A Académica só perdeu um jogo nos últimos oito, mas desperdiçou a oportunidade de fugir para lugares bem mais seguros. Esteve em desvantagem, conseguiu a reviravolta, mas viu Carlos Xistra descortinar uma infracção de Kaká ao minuto 90. Duvidoso, no mínimo, apesar da justiça do empate (2-2).
O Leixões apresentava um registo pouco feliz nas recepções à Académica. 34 anos sem uma vitória de trazer por casa, depois do sucesso na temporada 1974/75. Desde então, três vitórias da equipa de Coimbra e um empate.
Determinado a quebrar o enguiço e ganhar vantagem sobre um adversário directo na fuga à despromoção, depois da igualdade registada na primeira volta, Carlos Brito apresentou o esquema habitual, um 4-3-3 liberto de amarras.
Domingos Paciência, apostado em manter um ciclo positivo de oito jogos com apenas uma derrota, montou a casa a partir das fundações e voltou a apresentar quatro homens de combate no sector intermediário. No ataque, como vem sendo hábito, mudanças à medida das ocasiões. Desta feita, foi Luís Aguiar a vestir a pele de assistente do ponta-de-lança, Joeano.
A esquematização táctica do treinador da Académica deu frutos durante grande parte da etapa inicial, quebrando apenas num lance infeliz de Vítor Vinha, que foi batido por Jorge Gonçalves e acabou por derrubar o extremo do Leixões. Grande penalidade bem assinalada, cobrada a preceito por Roberto.
Num período pródigo em lances de bola parada, Joeano viria a restabelecer a igualdade pouco depois, na sequência de um canto. A equipa da casa demorou a reagir mas cresceu exponencialmente na recta final da primeira parte.
Nos últimos minutos, o Leixões criou três ou quatro oportunidades para marcar, sem sucesso, repetindo a dose no arranque da etapa complementar. Ao minuto 52, Roberto viu o poste roubar-lhe o bis. Na primeira parte, tinha sido Orlando a atirar ao mesmo ferro, mas então para infortúnio da Académica.
Roberto não conseguiu dobrar a sua conta pessoal no período mais inebriante dos «bebés» e as lágrimas vieram pouco depois. Cruzamento de Luís Aguiar, Ezequias aparece tombado no chão e Joeano ganha preciosos segundos para dominar a colocar a Briosa em vantagem. Joeano foi festejar o golo junto à nossa claque, a Mancha Negra. O avançado brasileiro deveria ter visto o segundo amarelo, o que não aconteceu.
Com nervos à flor da pele, perante um ciclo negativo de quatro jogos sem vencer (apenas um empate entre três desaires), o Leixões correu em busca do prejuízo mas não conseguiu disfarçar a ansiedade.
Domingos Paciência foi inteligente ao trocar o amarelado Vítor Vinha pelo estreante Cléber e Jorge Gonçalves foi perdendo margem de manobra à direita. Ainda assim, pelo centro, o artista local desperdiçou soberanas oportunidades nos últimos minutos, acabando por redimir-se ao garantir o empate, na cobrança de novo castigo máximo, desta vez bastante duvidoso.


Veja os golos e os roubos:

1-0 Roberto (gp)

1-1 Joeano

1-2 Joeano

2-2 Jorge Gonçalves (gp)