Em pleno período eleitoral na Académica, o prazo para entrega das listas termina neste sábado e a única candidatura formalizada é, para já, a do actual presidente. Domingos Paciência garante que o balneário da Briosa estará blindado a toda e qualquer agitação que estes momentos costumam gerar nos clubes. «Não sei se os jogadores são sócios e irão votar», graceja, a propósito.
«Eles são profissionais, como eu, e isto é algo que faz parte da vida de qualquer clube. Não digo que lhes passa ao lado, porque é natural que se interessem, mas não irá provocar turbulência. Temos os pés bem assentes no chão, não andamos no ar», referiu o treinador do emblema de Coimbra, que se mostrou agradado pelo facto de José Eduardo Simões o considerar parte de um projecto a médio prazo: «Fico contente, mas o que mais me preocupa nesta altura é a manutenção. Depois logo se verá. Não é o momento para falar de renovações, quer do treinador, quer de atletas.»
Na abordagem ao próximo jogo, frente ao Belenenses, neste sábado, no Cidade de Coimbra, Domingos Paciência garantiu que a derrota do último fim-de-semana, no Dragão, não irá ter reflexos negativos na equipa: «Perdemos frente a um adversário com uma qualidade indiscutível e, pelo campeonato que tem vindo a fazer, não é um resultado [1-0] desmotivante. Antes pelo contrário. À partida, quando se defronta o F.C. Porto, as percentagens de êxito são mais limitadas.»
"Caso Meyong prejudica Académica"
O encontro com os azuis de Belém, será, por isso, diferente. «A equipa estará motivada e com espírito de vitória porque é um jogo importante para os nossos objectivos. Em casa, tudo faremos para ganhar. O jogo do último domingo, não serve de referência para a nossa forma de jogar, não pusemos em prática os princípios que trabalhámos. A nossa identidade não é aquela que se viu na primeira parte. Com o Belenenses, será outro jogo. A Académica voltará a ser aquela Académica que temos visto. O apoio dos adeptos, nesta altura, será determinante», disse Domingos salientando que o essencial é «todos trabalharem juntos e no mesmo sentido.»
O técnico da Académica pronunciou-se ainda sobre o chamado Caso Meyong afirmando que, caso se concretize a decisão tomada em primeira instância (retirar seis pontos ao Belenenses e atribuir mais três à Naval), os estudantes poderão sentir-se lesados: «Vai haver equipas prejudicadas, nomeadamente as que estão mais próximas da Naval e lutam para não descer. Os pontos ganham-se em campo e com o trabalho dos jogadores, mas, às vezes, também saem da secretaria.»Domingos Paciência falou ainda dos erros e desconcentrações que têm roubado algumas vitórias às equipas, sobretudo nos momentos finais, ainda sem mencionar qualquer antídoto eficaz para este mal. «Fizemos alguns bons jogos, mas é evidente que uma boa exibição só é plenamente satisfatória quando se traduz num triunfo. Temos de continuar a tentar encher o pulmão de ar, isto é, a somar pontos.»
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