segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Académica-Marítimo, 1-0


Estádio Cidade de Coimbra, Coimbra, 16h
Assistência: 3.775 espectadores
Árbitro: Paulo Paraty, AF Porto
Assistentes: Serafim Nogueira e Alexandre Freitas


O Marítimo hipotecou o quinto lugar ao perder em Coimbra, onde sempre conseguira bons resultados nos últimos quatro anos. Desta vez, os insulares foram travados por um golo madrugador, obtido na sequência de dois erros fatais dos maritimistas. Edgar voltou a facturar e já começou a justificar o título de reforço.
Mês e meio depois da última vitória, na Figueira da Foz, a Académica regressou aos triunfos ao conseguir fazer aquilo que, na semana anterior, perante o Leiria, acabou por ser o seu maior pecado: o aproveitamento dos erros alheios. Aliás, já havia muito tempo que os estudantes, habituados sobretudo a queixar-se das próprias falhas, não festejavam à conta da ingenuidade ou desconcentração do adversário. Aconteceu neste domingo.
O início do jogo confunde-se, praticamente, com o golo da Briosa. Ediglê demorar na marcação de um livre, depois terá mandado alguma boca a Paulo Paraty e o portuense não foi de modos: castigou o Marítimo com um livre e mostrou o respectivo amarelo ao central Brasileiro.

Na cobrança da falta, Luís Aguiar tem um lance de craque, consegue ir à linha e cruzar, potenciando o segundo pecado dos «verde-rubros»: Marcos, o insuspeito guarda-redes maritimista deixa a bola escorregar (esteve a chover durante o jogo todo) por entre as mãos e deixou-a escapar para o lépido Edgar que só teve de encostar para o seu segundo golo ao serviço da Académica em outros tantos jogos.
O azar insular não se ficou, porém, por aqui, Pouco depois do golo, Fogaça lesionou-se e teve de sair para dar lugar ao recém-chegado Anderson Lima. De uma assentada, foram três contrariedades para Sebastião Lazaroni, que viu a equipa tentar reagir mas com demora. Primeiro, porque os comandados de Domingos Paciência mostraram-se certinhos nas marcações e colectivamente organizados - quando alguma coisa falhava lá estava Kaká para resolver - e, depois, porque os visitantes tardaram em adaptar-se à nova estrutura sem Fogaça e com um jogador em estreia, ainda cheio de vontade mas com pouco discernimento (Anderson Lima).
Os madeirenses conseguiram, ainda assim, encostar progressivamente a Académica à sua defesa, dando algum trabalho a Pedro Roma, sem, todavia, lograr uma daquelas oportunidades de golo dignas desse nome.
Na segunda parte, a qualidade de jogo baixou, devido ao estado do terreno, e só na parte final voltou a haver emoção a sério. O Marítimo apertou finalmente e a Académica respondeu à letra, acabando o jogo com uma ponta em jeito de parada e resposta. A contestação a Paulo Paraty também veio ao de cima, assim como a classe de Pedro Roma, com um par de defesas, que ajudaram a segurar a preciosa vantagem.