Com o mesmo desenho que o adversário, o Rio Ave entrou bem na partida. Niquinha «ensinava» a jogar Coentrão e Yazalde, colocando os dois avançados na cara de Peskovic. Primeiro ainda ensaiou um remate, depois viu o esquerdino a atirar ao lado.
Por esta altura, a Académica era apenas uma brisa. Sougou, o Vento, era o único que conseguia pôr em perigo a defesa da casa. O camisola 18 da Briosa era uma seta apontada à baliza de Paiva, mas as jogadas ou terminavam num mau cruzamento ou num passe mal direccionado. Tiero tentou dar uma ajuda com dois remates de longe.
Com o relvado escorregadio, o Rio Ave adaptou-se melhor. Fábio Coentrão e Yazalde combinavam bem, mas foi Niquinha quem descobriu o ponta-de-lança na área. Yazalde, de verde e branco, fez jus ao nome e às cores também fez o 1-0.
O marcador funcionou e fazia justiça ao que se passava nas quatro linhas. A partir daí, houve um período de equilíbrio, quase sempre com a bola nos pés dos estudantes, que não criavam mossa. Faltavam metros ao ataque de Domingos Paciência e ao intervalo Já Lito tinha o equipamento vestido. A Académica tentava reagir, mas não tinha forças na ponta final.
Segunda parte mais veloz
Lito entrou para a segunda parte e, por fim, a Briosa entrou na área contrária. Uma combinação com Cris deixou o cabo-verdiano em boa posição de tiro. Mas o remate de Lito saiu demasiado cruzado e ao lado. Com o jogo em bom ritmo e já com iluminação artificial, o Rio Ave respondeu, com um pontapé por cima de Coentrão.
Os vila-condenses começaram a recuar, Licá juntou-se a Sougou e Lito para tornar a Briosa mais veloz e os buracos apareceram na defesa da casa. O Rio Ave tinha os três pontos e fazia tudo para não os perder. Recuou como se essa fosse a única esperança de vida, à qual se podia agarrar. E acabou por ser salvo por uma grande defesa de Paiva, aos 70 minutos.
Valeu o golo de Yazalde para decidir o encontro e o Rio Ave viu a luz ao fim de dois meses sem vencer na Liga.
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