segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Briosa vence o Nacional por 1-0


Estádio Cidade de Coimbra - 4.109 espectadores

Árbitro: Lucílio Batista, da AF de Setúbal

Precisamente três meses depois a única vitória até agora da Briosa, os comandados de Domingos Paciência voltaram a somar três pontos. Um golo solitário de Cris, já perto do final, permitiu aos estudantes sair da linha de água e respirar um pouco melhor, em vésperas de festa natalícia. O resultado, aceita-se, pela insistência dos estudantes, que nunca baixaram os braços, embora, com excepção desse lance, tenham passado toda a partida com grande dificuldades na finalização.
A Académica mostrou estar claramente ciente da sua situação na tabela e da importância de ganhar a um adversário directo e soube colocar essa preocupação toda em campo desde muito cedo. A opção de Domingos Paciência em, mais uma vez, alterar a equipa (quatro jogadores em relação ao último onze, na Luz, para a Taça), até nem será criticável, nem tão pouco a mudança de figurino táctico, com a aposta em dois homens rápidos na frente (Lito e Hélder Barbosa, finalmente titular!) em detrimento do amorfo Joeano.
O problema é que à mobilidade pretendida, que resultou em pleno, faltou aquele condimento que faz toda a diferença. Diga-se, a bem da verdade, que Pedro Roma teve pouco que fazer - afinal não é por acaso que o Nacional tem um dos ataques mais improdutivos da Liga - , mas a obrigação pertencia toda à equipa da casa.
A verdade é que os madeirenses, baseados num bloco central muito forte (os trincos Cléber e Ávalos, mais os centrais Ricardo Fernandes e Cardozo), foram dando conta das encomendas e, depois de uma primeira parte de estudo, mostraram mais argumentos na segunda metade. Desta feita em contra-ataque, aproveitando o balanceamento natural da Académica, os insulares resolveram dar um pouco mais de trabalho a Pedro Roma, mormente através de Juliano.O empertigamento nacionalista durou pouco porque, a partida do meio da segunda parte, os donos da casa pegaram definitivamente no jogo e deram-lhe um sentido único: a baliza de Benaglio. É verdade que nem sempre escolheram a melhor forma para tentar chegar ao golo, mas aqueles três pontos que pareceram cair do céu directamente para a cabeça de Cris foram merecidos pela insistência e querer da equipa, que nunca se desviou do seu objectivo.
A mágica Briosa deu um pontapé na crise, saindo da linha de água, estando agora a dois pontos desta.