domingo, 23 de dezembro de 2007

Briosa alcança a segunda vitória consecutiva

Estádio Municipal José Bento Pessoa, Figueira da Foz
Assistência: 3.147 espectadores
Árbitro: João Vilas-Boas

Pela primeira vez esta época, a Académica obteve dois triunfos consecutivos e, mais do que isso, manteve a tradição de ir ganhar à Figueira.
Foi dia de festa na Figueira. Desde que a Naval ascendeu à liga principal, os confrontos com os vizinhos de Coimbra redobraram de significado e este, mais uma vez, não fugiu à regra. A partida deu sinais de ser especial logo nas bancadas, onde os 3147 espectadores presentes ajudaram a estabelecer o recorde de assistência em jogos da Naval que não fora da órbita dos três grandes.
A boa presença de público ficou a dever-se, também, à oferta de bilhetes aos pescadores da cidade que, por comemorarem o seu dia, foram convidados a dar outro colorido às bancadas. Até o ministro da Agricultura, Jaime Silva, esteve entre os convidados. A melhor faina, essa, pertenceu mesmo aos de Coimbra.
No relvado, as equipas sentiram o peso da responsabilidade. Entregaram-se com grande concentração ao jogo e viu-se, claramente, que nenhuma queria perder. O equilíbrio táctico da primeira parte foi disso fiel exemplo, com a Académica, sobretudo, bem posicionada no terreno e a jogar no erro do adversário.
A Naval, como lhe competia, pegou no jogo, tentou usar vários abre-latas, mas os «estudantes» não deram hipóteses. Os lances de perigo na primeira parte resumiram-se praticamente a um livre de Tiero, ao lado, e a uma tentativa de canto directo de Hélder Barbosa. De resto, alguns remates e tentativas de bombardear a área de Pedro Roma por parte dos donos da casa, mas total ineficácia atacante.
As ameaças da Briosa concretizaram-se no dealbar da segunda parte. Uma jogada de ataque rápido, com o meio-campo navalista descompensado (Godemèche já tinha saído para a entrada de Davide), a bola chega até Hélder Barbosa, que vai à linha e cruza direitinho para o pé direito de Cris. Os centrais da casa ficaram para trás, surpreendidos pela velocidade do jovem extremo, e o antigo jogador do Feirense só teve de encostar para marcar pelo segundo jogo consecutivo.
A Naval acusou claramente o golo, que teve o efeito contrário na Académica: os jogadores de Domingos Paciência assentaram o seu jogo, passaram a trocar mais a bola e isso tirou toda a iniciativa aos donos da casa. Que, ainda assim, foram fazendo pela vida e até proporcionaram a Pedro Roma a defesa da noite.Os últimos instantes foram marcados pela resistência forasteira ao último assaltado navalista e também pela lesão do protagonista da partida, Cris, que sentiu o mel e o fel numa só noite.
Destaque, ainda para os numerosos adeptos da Briosa que se deslocaram à Figueira, em especial a Mancha Negra. A massa adepta estava de igual para igual. Notável.